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Espólio Hein Semke

Semke, Hein, 1899-1995

[Coleção de fotografias : vida e obra de Hein Semke]

[Correspondência]

Produção literária : diários, poesia, ficção, artigos, etc. 1930-1993

[Documentos anexos] [1929-2013]

Álbum de recortes de jornais / [compil. por] Hein Semke, Teresa Balté

[Manuscritos] / [por] Ruy Cinatti, Raul Rego, Metzner Leone, Philipp Lersch e Friedrich Wilhelm Gotter [1949-1989]

[Documentos anexos produzidos por Teresa Balté e outros] [1933-2019]

[Coleção de livros de artista] / Hein Semke [1958-1986]

[Colecção de monografias] 19-200-

[Colecção de publicações periódicas] 1902-2012

. - "Hein Semke nasceu em Hamburgo, em 1899. Após a morte da mãe, em 1912, é internado num orfanato. Em 1916 alista-se no exército como voluntário, combatendo na I Grande Guerra. Activista político, é preso. Amnistiado em 1928, vem pela primeira vez a Portugal em 1929, trabalhando numa fábrica em Chelas. Em 1930-32 estuda escultura e cerâmica na Kunstgewerbeschule de Hamburgo e na Kunstakademie de Estugarda. A subida de Hitler ao poder leva-o a sair da Alemanha e fixar-se em Portugal em 1932, ano em que participa na Exposição dos Independentes, em Estugarda, e no Salão de Inverno da SNBA, em Lisboa. Companheiro de exposições de Eloy, Almada, Sarah, Júlio, Vieira da Silva, Arpad Szenes, vê em 1935 o seu grupo escultórico Camaradagem na Derrota, que integrava o Pátio da Igreja Evangélica Alemã de Lisboa, destruído por elementos nazis da colónia alemã. Nos anos 40, razões económicas obrigam-no a voltar-se para a cerâmica, tornando-se um dos mais notáveis renovadores da cerâmica portuguesa. Abandona a cerâmica em 1963 devido a uma silicose e, sem nunca deixar a escultura, dedica-se à pintura e à gravura, fazendo então a maior parte dos seus trinta e quatro livros de artista, álbuns de grande formato, que são como que uma súmula dos seus temas recorrentes. Morre em Lisboa em 1995. Com uma produção vastíssima e uma intensa actividade expositiva, trouxe à vida artística portuguesa uma dimensão expressionista, onde o sintetismo formal e a força emotiva se aliam numa obra intensamente afirmativa e onde o misticismo religioso e a mensagem humanista andam de mãos dadas com a celebração panteísta do mundo. Em 1972 a Fundação Calouste Gulbenkian apresentou uma retrospectiva dos seus “40 Anos de Actividade em Portugal”. Em 1991 o Museu Nacional do Azulejo expôs uma visão da obra cerâmica. Tem trabalhos na Igreja Evangélica Alemã de Lisboa, Hotel Ritz, Reitoria da Universidade Clássica, jardins da Fundação Gulbenkian, no Hotel da Baleeira de Sagres, no jardim da Casa-Museu João Soares de Cortes, na Marienkirche de Hamburgo-Fühlsbüttel, em museus, colecções particulares, etc." (Texto de Teresa Balté, 2019)

Espólio composto por ca. 17 361 documentos resultantes da atividade profissional do artista Hein Semke (1899-1995). Inclui várias tipologias documentais – manuscritos, correspondência, fotografias, desenhos, objectos pessoais, livros de artista, monografias e publicações periódicas, entre 1905 e 2019, organizados por Teresa Balté. O tratamento do Espólio seguiu a estrutura definida por Teresa Balté. A maioria da documentação encontra-se em alemão, no entanto, Teresa Balté anotou, legendou, transcreveu e traduziu parte destes documentos, os quais foram todos digitalizados e encontram-se disponiveis. Desenhos e matrizes de impressão de desenhos do artista estão armazenados no depósito 5 (aguarda eventual transferência para o CAM).

Espólio doado à Fundação Calouste Gulbenkian - Biblioteca de Arte, entre 2014 e 2015, pela viúva do artista Teresa Balté, através de dois contratos de doação (22/05/2014 e 29/01/2015). No entanto, os livros de artista já se encontravam em depósito na Biblioteca de Arte desde 21/07/2011. Em 2019 houve um ingresso adicional de documentação pertencente à escultora Margarida Schimmelpfennig, através de Teresa Balté (Inf. n. 26/BAA/2019: Proposta de doação de um conjunto de documentação a incluir no Espólio HS). O espólio do artista doado à Biblioteca é composto apenas por espécies documentais, as restantes tipologias como escultura, cerâmica, pintura, desenho e pintura, foram doadas a diversas instituições, entre as quais o Museu Gulbenkian-Coleção Moderna, o Museu do Chiado e o Museu do Azulejo

Pintura -- Alemanha -- Séc. 20

Escultura -- Alemanha -- Séc. 20

Cerâmica -- Alemanha -- Séc. 20

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